Pensando em abrir empresa? O processo de abertura de empresa envolve uma série de etapas que garantem a legalização e o funcionamento do negócio. O primeiro passo é elaborar um plano de negócios, que servirá como um guia para a operação e crescimento da empresa.
Em seguida, é necessário decidir o tipo de empresa (MEI, ME, EPP, entre outros) e a natureza jurídica (individual, limitada, etc.), o que determinará questões tributárias e responsabilidades.
A escolha do CNAE (Código Nacional de Atividades Econômicas) também é importante, pois define as atividades que a empresa poderá exercer. Após isso, o registro da empresa deve ser feito na Junta Comercial, obtendo o CNPJ e, se necessário, inscrições estaduais ou municipais.
Além disso, dependendo do tipo de atividade, pode ser necessário obter alvarás e licenças. Por fim, contar com o auxílio de um contador especializado facilita o processo e garante a conformidade com a legislação.
Vem com a Contabilidade Olímpia e saiba mais sobre como funciona a abertura de empresas.
O que é necessário para a abertura de uma empresa?
O primeiro passo para abrir uma empresa é elaborar um plano de negócios. Esse documento deve servir como um guia estratégico, fornecendo uma visão sobre a missão, visão e objetivos da empresa.
No plano de negócios, é necessário incluir a análise de mercado, as estratégias financeiras, operacionais e de marketing. Com esse planejamento, o empreendedor terá uma direção sobre como conduzir o negócio e como alcançar o sucesso a longo prazo.
E, claro, no artigo de hoje, falaremos mais sobre os documentos e o que precisa quando se fala de abertura de empresa!
Escolha do tipo de empresa
No Brasil, existem diferentes tipos de empresas que podem ser abertas, cada uma com suas particularidades legais e tributárias. Entre as opções mais comuns estão o Microempreendedor Individual (MEI), a Microempresa (ME), a Empresa de Pequeno Porte (EPP) e a Sociedade Limitada (LTDA).
A escolha do tipo de empresa é muito importante, pois impacta diretamente as responsabilidades fiscais, a possibilidade de contratar funcionários e os processos de formalização.
Definição da natureza jurídica
A natureza jurídica da empresa é outro aspecto a ser decidido. Ela define se a empresa será formada por um único proprietário (empresa individual) ou por vários sócios (sociedade limitada).
A escolha da natureza jurídica implica na divisão das responsabilidades e dos lucros da empresa, além de influenciar na formalização e nos processos legais.
Escolha do CNAE
O CNAE (Código Nacional de Atividades Econômicas) é um código que classifica as atividades econômicas exercidas por uma empresa. A escolha do CNAE adequado é necessária porque ele determina quais atividades a empresa pode realizar e influencia na tributação.
Cada código de atividade tem uma carga tributária diferente, por isso é necessário contar com a orientação de um contador para escolher os CNAEs que se aplicam ao negócio.
Registro da empresa
Após definir a natureza jurídica e o CNAE, o próximo passo é registrar a empresa. O registro pode ser feito na Junta Comercial ou no Cartório de Registro de Pessoa Jurídica, dependendo do tipo de empresa e da localidade.
Esse processo resulta no recebimento do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), que é importante para a realização de transações comerciais e financeiras. Além disso, dependendo do tipo de atividade, a empresa poderá precisar de inscrições estaduais e municipais.
Documentação necessária
Para registrar a empresa, o empreendedor precisará de alguns documentos pessoais e empresariais. Entre os documentos mais comuns estão o RG e CPF dos sócios ou do proprietário, comprovante de residência, contrato social (para empresas com sócios) ou Requerimento de Empresário (para empresas individuais).
A empresa também precisará obter o alvará de funcionamento, que autoriza a operação da empresa de acordo com as leis municipais.
Licenças e alvarás
Dependendo da atividade da empresa, pode ser necessário obter licenças e alvarás específicos. Por exemplo, empresas da área de saúde ou alimentos precisam de licenças da ANVISA, enquanto empresas de outros segmentos precisam de alvarás municipais, como o alvará de funcionamento.
As licenças asseguram que a empresa opere dentro da legalidade e atenda aos requisitos de segurança e saúde.
Escolha do regime tributário
O regime tributário é outro ponto na abertura de uma empresa. O Brasil oferece três principais regimes: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. A escolha do regime tributário influencia diretamente a forma de pagamento dos impostos e pode ter impacto nas finanças da empresa.
O Simples Nacional é mais vantajoso para empresas de menor porte, enquanto o Lucro Real é indicado para empresas de grande porte.
Qual o passo a passo para abertura de empresa?
A abertura de empresas CNPJ é um processo que exige planejamento, organização e atenção aos detalhes legais e administrativos. Cada etapa garante que o negócio esteja formalizado e apto para operar legalmente.
Abaixo, detalhamos o passo a passo para abrir uma empresa:
- Elaboração do plano de negócios: Documento para guiar o crescimento da empresa, incluindo descrição da empresa, modelo de negócio, análise de mercado, concorrência, público-alvo e estratégias financeiras e operacionais.
- Escolha do tipo de empresa: Decisão sobre o tipo de empresa (MEI, ME, EPP, LTDA), afetando tributação, contratação de funcionários e limites de faturamento.
- Definição da natureza jurídica: Estrutura legal da empresa (EI, LTDA, SLU), influenciando responsabilidades, tributação e distribuição de lucros.
- Escolha do CNAE: Código utilizado para identificar a atividade econômica da empresa, necessário para tributação e permissões legais.
- Registro na Junta Comercial: Registro oficial da empresa que gera o CNPJ, necessário para transações comerciais e abertura de conta bancária.
- Obtenção de alvarás e licenças: Licenças e alvarás necessários para atividades como alimentos, saúde ou segurança.
- Escolha do regime tributário: Definição do regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real) com auxílio de contador, impactando a forma de pagamento de impostos.
- Registro na Previdência Social: Registro na Previdência Social para empresas com funcionários, garantindo o cumprimento das obrigações trabalhistas (INSS, FGTS, etc.).
- Contabilidade e gestão financeira: Manutenção de contabilidade regular e organizada para cumprir obrigações fiscais e tributárias, com apoio de um contador qualificado.
Qual o valor para abertura de um CNPJ?
O custo para abrir um CNPJ dependerá do tipo de empresa, da localidade e da complexidade do processo de registro.
Para registrar uma empresa e obter o CNPJ, há a necessidade de pagar taxas referentes à Junta Comercial do estado, que varia entre R$ 100,00 e R$ 600,00, dependendo da região e da natureza jurídica da empresa.
Além disso, pode ser necessário pagar taxas para inscrições estaduais ou municipais, que também variam de acordo com a atividade e a localização da empresa.
Em alguns casos, a empresa pode precisar de licenças ou alvarás especiais, que acarretam custos adicionais, principalmente para atividades que envolvem segurança, saúde ou regulamentações ambientais.
A obtenção de alvarás de funcionamento também pode envolver taxas, que variam de R$ 50,00 a mais de R$ 2.000,00, dependendo do município e da área de atuação da empresa.
Além das taxas governamentais, a abertura de uma empresa também envolve custos com a contratação de serviços de contabilidade ou assessoria jurídica. Embora esses custos não sejam obrigatórios, são indicados para certificar que todos os trâmites legais sejam cumpridos corretamente.
Portanto, o valor para abrir um CNPJ gira em torno de R$ 500,00 a R$ 3.000,00, considerando taxas de registro e licenciamento.
Quanto custa abrir MEI 2025?
Abrir um MEI (Microempreendedor Individual) em 2025 é uma das opções mais econômicas para quem deseja formalizar um negócio de pequeno porte. O custo para abrir um MEI é muito baixo, tornando essa modalidade bastante atrativa.
O processo de formalização do MEI é feito diretamente pelo Portal do Empreendedor, e o custo para obter o CNPJ é gratuito. O empreendedor só precisará pagar uma taxa mensal fixa (DAS), que varia de acordo com a atividade exercida pela empresa.
O valor mensal do MEI é composto por uma contribuição para a Previdência Social (INSS), além de impostos que variam conforme a área de atuação:
- Comércio e indústria: R$ 71,60 (INSS + ICMS)
- Serviços: R$ 75,60 (INSS + ISS)
- Comércio + serviços: R$ 76,60 (INSS + ICMS + ISS)
- *** (Valores equivalentes a 2024) ***
Esses valores são fixos e têm como base o Simples Nacional. O MEI tem como principal vantagem a carga tributária reduzida, simplificação do processo de pagamento de impostos e a possibilidade de obter benefícios previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença.
Quanto um contador cobra para abrir uma empresa?
O custo de um contador para abrir uma empresa dependerá de pontos como complexidade do processo, o tipo de empresa, a região em que a empresa será registrada e o nível de serviço oferecido pelo contador.
Para serviços simples de abertura de empresa, o valor cobrado pelo contador vai de R$ 500,00 a R$ 2.000,00. Esse valor costuma incluir a elaboração do contrato social, a escolha do regime tributário e a realização do registro na Junta Comercial.
Qual é a diferença entre MEI e CNPJ?
A principal diferença entre MEI (Microempreendedor Individual) e CNPJ está no conceito de formalização e na estrutura jurídica de cada um.
O MEI é uma modalidade simplificada de registro para empreendedores individuais que faturam até R$ 81.000,00 por ano. Ele permite a formalização do negócio de maneira rápida e com custos reduzidos, sendo recomendada para pequenos empreendedores que trabalham sozinhos e não possuem um grande volume de operações.
O MEI oferece benefícios como a contribuição para a Previdência Social, garantindo acesso a aposentadoria, auxílio-doença, entre outros benefícios, além da possibilidade de emitir notas fiscais e participar de licitações.
Por outro lado, o CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) é um número único que identifica qualquer empresa registrada no Brasil, independentemente de seu porte ou tipo jurídico.
Todo MEI possui um CNPJ, mas nem todas as empresas com CNPJ são MEI. O CNPJ pode ser utilizado por empresas maiores, como microempresas (ME), empresas de pequeno porte (EPP) e sociedades limitadas (LTDA). Ele é necessário para a formalização de qualquer tipo de negócio que precise de estrutura jurídica, seja para fins fiscais, trabalhistas ou financeiros.
Enquanto o MEI é destinado a pequenos empreendedores, o CNPJ é um registro mais amplo que abrange todas as empresas formalizadas no Brasil.
A principal diferença está na limitação de faturamento, no regime tributário simplificado e nas permissões específicas para o MEI. O MEI tem um regime tributário mais simplificado, com um valor fixo mensal de impostos, enquanto outras empresas com CNPJ podem ter um regime tributário mais complexo, com a necessidade de cálculo e pagamento de diferentes tributos.
Quais os tipos de empresas e requisitos?
Existem diversos tipos de empresas que podem ser abertas no Brasil, e a escolha do modelo mais adequado depende de pontos como o porte do negócio, a quantidade de sócios, o regime tributário e a natureza da atividade.
Listamos mais informações abaixo:
1. Microempreendedor Individual (MEI)
O MEI é voltado para empreendedores individuais que atuam em atividades permitidas e possuem um faturamento anual de até R$ 81.000,00. Para se registrar como MEI, o empreendedor deve ser maior de 18 anos, não ser sócio de outra empresa e não contratar mais de um funcionário.
O processo de formalização é simples e gratuito, feito através do Portal do Empreendedor. O MEI também tem a vantagem de pagar uma taxa fixa mensal de impostos, simplificando a gestão tributária.
2. Microempresa (ME)
A Microempresa é indicada para empresas com faturamento anual de até R$ 360.000,00. Diferente do MEI, o ME pode ter mais de um sócio e oferece mais flexibilidade quanto às atividades exercidas.
O registro é feito na Junta Comercial e requer a elaboração de um contrato social. A ME pode optar pelo Simples Nacional, um regime tributário que simplifica a apuração e o pagamento de tributos.
A principal diferença em relação ao MEI é o porte, o que permite à ME um faturamento mais alto e a contratação de mais funcionários.
3. Empresa de Pequeno Porte (EPP)
A EPP é voltada para empresas que faturam entre R$ 360.000,00 e R$ 4,8 milhões por ano. Assim como a ME, a EPP pode ter mais de um sócio e realizar uma maior quantidade de atividades.
A empresa de pequeno porte pode se beneficiar do Simples Nacional, tornando o processo de tributação mais simples. A EPP pode ter um número maior de funcionários.
4. Sociedade Limitada (LTDA)
A Sociedade Limitada (LTDA) é uma das formas mais comuns de empresa no Brasil. Ela pode ser formada por dois ou mais sócios, que contribuem com bens ou valores para formar o capital social.
A responsabilidade dos sócios é limitada ao valor do capital social, significando que, em caso de dívidas, o patrimônio pessoal dos sócios não será afetado. A LTDA é mais adequada para empresas com maior volume de negócios e estrutura mais parruda.
O processo de registro exige a elaboração de um contrato social e o registro na Junta Comercial.
5. Empresário Individual (EI)
O Empresário Individual é uma opção para empreendedores que desejam atuar sozinhos e não querem constituir uma sociedade. O empresário individual tem responsabilidade ilimitada, ou seja, seu patrimônio pessoal pode ser comprometido em caso de dívidas da empresa.
Não há exigência de capital social mínimo, facilitando o processo de abertura. No entanto, o EI não pode ter sócios e tem algumas limitações quanto à atividade que pode ser exercida.
6. Sociedade Anônima (SA)
A Sociedade Anônima é uma forma de empresa que pode ser formada por um número grande de investidores. Ela é indicada para empresas de grande porte que desejam emitir ações no mercado de capitais.
A SA pode ser aberta com capital social dividido em ações, permitindo que o patrimônio da empresa seja aumentado por meio de investimentos de terceiros. A constituição e os requisitos para uma SA são mais complexos, envolvendo assembleias e estatutos sociais.
Quais os regimes tributários para abertura de empresa?
Ao abrir uma empresa no Brasil, a escolha do regime tributário é uma das decisões mais importantes, pois ele determina como a empresa pagará seus impostos e influencia diretamente a saúde financeira do negócio.
Existem três principais regimes tributários: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Cada um tem suas características, vantagens e limitações. Confira:
1. Simples Nacional
O Simples Nacional é o regime tributário mais simples e vantajoso para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).
Ele foi criado para facilitar a tributação das empresas de menor porte, reunindo oito tributos em uma única guia de pagamento. Esse regime é recomendado para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.
Uma das principais vantagens do Simples Nacional é a sua simplificação. O pagamento dos impostos é feito de forma unificada e com alíquotas reduzidas, variando conforme a faixa de faturamento da empresa e a atividade exercida.
Além disso, o Simples Nacional também oferece menor burocracia, facilitando o processo de declaração de impostos.
No entanto, empresas que optam pelo Simples Nacional devem observar as limitações do regime, como o fato de não poderem participar de certos tipos de licitações ou contratos governamentais.
2. Lucro Presumido
O regime de Lucro Presumido é uma opção para empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões. Nesse regime, a base de cálculo dos impostos é determinada pela aplicação de um percentual sobre a receita bruta da empresa, considerado como “presumido” pela Receita Federal, com base na atividade da empresa.
O Lucro Presumido é interessante para empresas que possuem margens de lucro superiores ao percentual presumido pela Receita, pois o imposto a ser pago é calculado com base nesse percentual, independentemente do lucro real da empresa.
As alíquotas de impostos no Lucro Presumido são fixas e variam conforme a atividade da empresa, com destaque para os impostos como IRPJ, CSLL, PIS e Cofins.
Esse regime exige mais burocracia em relação ao Simples Nacional, mas ainda é mais simples do que o Lucro Real. Ele é adequado para empresas que já têm uma estrutura maior e faturamento elevado, mas que não possuem grandes margens de lucro.
3. Lucro Real
O Lucro Real é o regime tributário mais complexo e é obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões anuais ou para empresas que realizam atividades específicas, como instituições financeiras e algumas grandes corporações.
Nesse regime, os impostos são calculados com base no lucro real da empresa, ou seja, a receita líquida menos as despesas operacionais e outros custos da empresa.
Ou seja: a tributação será mais alta ou baixa dependendo da saúde financeira da empresa, tornando-se vantajoso para empresas que possuem muitas despesas e custos dedutíveis.
Embora o Lucro Real ofereça um sistema mais preciso de apuração de impostos, ele também exige mais controle contábil e maior burocracia, já que é necessário manter registros detalhados e calcular os impostos de forma individual para cada categoria tributária.
Quanto tempo demora para abrir um CNPJ?
O tempo necessário para abrir um CNPJ dependerá de diversos fatores, como a complexidade do processo, a localização da empresa, o tipo de atividade e a eficiência dos órgãos envolvidos no processo de registro.
No entanto, o processo tem se tornado cada vez mais ágil, principalmente devido à digitalização dos serviços de abertura de empresas no Brasil.
Consequentemente, o tempo para abrir um CNPJ no Brasil varia de 1 a 5 dias úteis, dependendo do tipo de empresa e do estado onde o registro será realizado.
Para empresas de pequeno porte, como o Microempreendedor Individual (MEI), o processo é extremamente rápido e feito totalmente online pelo Portal do Empreendedor. Nesse caso, a formalização e a obtenção do CNPJ podem ser feitas em questão de horas, e o custo é mínimo.
Para empresas de maior porte, como as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), o processo leva de 3 a 5 dias úteis, pois exige a elaboração de um contrato social e o registro na Junta Comercial, além de outras formalidades como a inscrição estadual e, em alguns casos, a obtenção de licenças específicas.
Precisa de IPTU para abrir empresa?
Sim, o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) tornou-se um requisito necessário para abrir uma empresa, principalmente quando a empresa possui um local físico de funcionamento, como um escritório, loja ou estabelecimento comercial.
A exigência de IPTU está relacionada ao fato de que, ao registrar a empresa, é necessário informar o endereço onde a atividade será realizada. Para isso, as autoridades fiscais podem solicitar documentos que comprovem a regularidade do imóvel, incluindo o pagamento do IPTU.
No processo de abertura de empresa, o alvará de funcionamento é um dos documentos necessários. Para obter o alvará, em muitos municípios, é necessário apresentar o comprovante de que o imóvel onde a empresa funcionará está regularizado e com o IPTU em dia.
Se o imóvel for alugado, o contrato de locação também será exigido durante o processo de abertura, mas o pagamento do IPTU, nesse caso, permanece com o proprietário do imóvel.
Embora a empresa em si não precise pagar o IPTU diretamente, é necessário que o imóvel tenha o pagamento desse imposto regularizado para que o alvará de funcionamento seja emitido sem problemas.
Para empresas que operam de forma remota ou em endereços não comerciais (como o caso de alguns profissionais autônomos ou prestadores de serviços que utilizam seu próprio imóvel), a exigência de IPTU ainda pode haver a necessidade de comprovação de que o imóvel atende às normas do município para a atividade exercida.
Precisa ter o nome limpo para abrir um CNPJ?
Não é necessário ter o nome limpo para abrir um CNPJ, mas entenda que a situação financeira pessoal afeta outros aspectos do processo de abertura de uma empresa.
O CNPJ é um registro da pessoa jurídica, e sua obtenção está desvinculada do nome pessoal do empreendedor. Portanto, uma pessoa com restrições de crédito ou nome sujo pode abrir um CNPJ sem problemas.
No entanto, é relevante destacar que, embora não seja obrigatório ter o nome limpo para registrar uma empresa, a situação financeira do empreendedor pode influenciar o sucesso de outros processos associados à formalização e à operação do negócio.
Por exemplo, a pessoa pode encontrar dificuldades para abrir uma conta bancária empresarial, obter crédito ou financiamentos, ou mesmo negociar com fornecedores caso tenha o nome negativado.
Além disso, algumas instituições financeiras e fornecedores exigem garantias pessoais, principalmente em empresas menores ou iniciantes. Se o empreendedor tiver o nome sujo, isso pode ser um obstáculo ao solicitar empréstimos ou linhas de crédito para a empresa.
A análise de crédito pessoal, em certos casos, pode ser utilizada para avaliar a capacidade do empreendedor de honrar as dívidas da empresa.
Quais os alvarás necessários para abrir uma empresa?
Ao abrir uma empresa, é necessário obter alguns alvarás e licenças, dependendo da natureza e do local onde a empresa vai operar. O alvará de funcionamento é o principal documento exigido, pois ele autoriza a empresa a iniciar suas atividades comerciais de acordo com a legislação municipal.
Ele é obtido junto à Prefeitura, que verifica se o imóvel onde a empresa está instalada cumpre as normas de zoneamento, segurança, saúde e meio ambiente do município.
Além do alvará de funcionamento, podem ser necessários outros tipos de licenças e autorizações, dependendo do ramo de atividade da empresa. Por exemplo, empresas que lidam com alimentos precisam do Alvará Sanitário, emitido pela vigilância sanitária, para garantir que o local de operação esteja em conformidade com as normas de saúde e higiene.
Empresas que realizam atividades industriais ou que lidam com produtos químicos ou poluentes precisam de licenças ambientais, emitidas pelos órgãos ambientais locais ou estaduais.
Se a empresa atuar no setor de segurança, como vigilância privada ou transporte de valores, será necessário obter uma autorização específica da Polícia Federal ou das autoridades locais competentes.
Além disso, empresas que operam com produtos farmacêuticos, cosméticos ou medicamentos podem precisar de licenças da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Que tipo de empresa não precisa de alvará de funcionamento?
Embora a maioria das empresas necessite de um alvará de funcionamento para operar legalmente, há algumas exceções, como para empresas que não possuem um local físico de operação ou que atuam de forma digital.
Empresas que não exigem a presença de clientes ou o funcionamento de um estabelecimento físico, como prestadores de serviços que atuam remotamente ou profissionais autônomos, podem não precisar de um alvará de funcionamento.
Mas isso vai depender bastante da prefeitura. Algumas também não exigem dependendo do CNAE do MEI.
O que saber antes de abrir uma empresa?
Antes de abrir uma empresa, além das questões legais e financeiras, o empreendedor precisa se preparar para entender o mercado em que irá atuar, desenvolver uma mentalidade empreendedora e criar estratégias de marketing.
Confira:
1. Estudo de mercado
Antes de iniciar qualquer empreendimento, é preciso realizar um estudo de mercado. Esse estudo ajuda a entender o comportamento do consumidor, as tendências de consumo, os concorrentes e as oportunidades dentro do setor.
O estudo de mercado permite identificar se existe demanda para o produto ou serviço que será oferecido, além de ajudar a definir o público-alvo. Com essas informações, o empreendedor adapta seu produto ou serviço para atender melhor às necessidades do mercado e destacar-se da concorrência.
A pesquisa de mercado pode ser feita por meio de questionários, entrevistas com potenciais clientes e análise de dados secundários, como relatórios de pesquisa de mercado já existentes.
Além disso, deve-se estudar os concorrentes diretos e indiretos, avaliando os pontos fortes e fracos deles, para criar uma proposta de valor única.
2. Mentalidade empreendedora
O sucesso de uma empresa depende de boas ideias e também da mentalidade empreendedora do fundador. Antes de abrir uma empresa, é preciso desenvolver habilidades como resiliência, gestão do tempo, capacidade de adaptação e tomada de decisão.
Empreendedores de sucesso são aqueles que não desistem facilmente diante de obstáculos e sabem lidar com os altos e baixos do mercado.
Além disso, é preciso ter uma visão de longo prazo, ser criativo na resolução de problemas e estar disposto a aprender com os erros. O empreendedorismo envolve constante evolução e, para isso, é necessário ter disposição para se atualizar e buscar novos conhecimentos.
3. Estratégias de marketing
O marketing atua no sucesso de qualquer negócio. Antes de abrir a empresa, deve-se criar estratégias de marketing que ajudem a atrair clientes e estabelecer a marca no mercado.
Logo, envolve a definição de um plano de marketing, que inclui desde a criação da identidade visual da empresa até a escolha das estratégias de divulgação, como campanhas digitais, redes sociais, publicidade paga, SEO e marketing de conteúdo.
O empreendedor deve também definir como a marca será percebida pelo público, ou seja, sua proposta de valor, missão e valores. O marketing digital permite que pequenas empresas atinjam grandes públicos com baixo custo.
Além disso, as redes sociais, como Instagram, Facebook e LinkedIn, são necessárias para a construção da presença digital da marca.
Estratégias como o inbound marketing, que atraem clientes por meio de conteúdo, também devem ser consideradas para estabelecer a empresa no mercado e criar uma base de clientes leais.
4. Definição do público-alvo
Para que uma empresa seja bem-sucedida, é preciso entender quem são seus potenciais clientes. Dessa forma, envolve a definição do público-alvo, que inclui aspectos como faixa etária, localização geográfica, comportamentos de compra e preferências.
Com isso, o empreendedor ajusta seu produto ou serviço às expectativas e necessidades do público, aumentando as chances de sucesso no mercado.
Um bom estudo do público-alvo também ajuda na criação de campanhas de marketing mais direcionadas, além de possibilitar um atendimento ao cliente mais personalizado, fortalecendo o relacionamento com os consumidores.
5. Planejamento financeiro
Embora o planejamento financeiro tenha uma parte técnica que envolve fluxo de caixa, custos fixos e variáveis, projeções de receita, entre outros, ele também deve considerar os recursos disponíveis para investimentos em marketing e em estratégias que irão atrair e reter clientes.
A definição do orçamento para as primeiras campanhas de marketing e as ações de venda pode ser determinante para o crescimento da empresa no início de suas operações.
É possível abrir uma empresa sem contador?
Sim, é possível abrir uma empresa sem contador, mas essa decisão pode trazer riscos e complicações no futuro, principalmente para empresas que não têm experiência com questões fiscais e regulatórias.
Para tipos simples de empresas, como o Microempreendedor Individual (MEI), o processo de abertura pode ser feito diretamente pelo Portal do Empreendedor, sem a necessidade de um contador.
O MEI é uma modalidade simplificada, voltada para microempreendedores que faturam até R$ 81.000 por ano e não têm sócios. Nesse caso, o próprio empreendedor pode realizar o registro do CNPJ de forma totalmente online e gratuita.
Contudo, para empresas de maior porte, como as microempresas (ME), empresas de pequeno porte (EPP) ou sociedades limitadas (LTDA), a presença de um contador é extremamente necessária.
Afinal, esses tipos de empresas envolvem processos mais complexos, como a escolha do regime tributário adequado (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real), a elaboração do contrato social, o registro na Junta Comercial, e o cumprimento de diversas obrigações fiscais e trabalhistas.
Sem o auxílio de um contador, o empreendedor poderá cometer erros que resultarão em multas ou problemas com o fisco.
O que acontece se a empresa não tiver um contador?
Se uma empresa não tiver um contador, ela enfrenta uma série de problemas fiscais, financeiros e legais, que comprometem sua operação e até resultam em multas, juros e penalidades.
A contabilidade atua na gestão do negócio, especialmente no que se refere à conformidade tributária e à administração financeira.
Uma das principais responsabilidades de um contador é assegurar que a empresa cumpra com todas as obrigações fiscais e tributárias, como o pagamento de impostos, a emissão de notas fiscais e o envio de declarações para os órgãos competentes.
Sem o acompanhamento de um contador, a empresa pode errar ao calcular e pagar os impostos devidos, resultando em autuações e sanções do fisco.
Além disso, um contador também ajuda a manter a saúde financeira da empresa, controlando o fluxo de caixa, organizando as finanças e preparando relatórios financeiros.
Sem essa gestão, pode ser difícil para o empresário tomar decisões informadas sobre investimentos, compras e expansão, prejudicando o crescimento do negócio.
Qual empresa não precisa de contador?
Existem alguns tipos de empresas que não precisam de contador, mas é necessário compreender que, mesmo nesses casos, o apoio contábil pode ser necessário dependendo da complexidade da atividade e do porte da empresa.
O principal exemplo de empresa que não precisa de contador é o Microempreendedor Individual (MEI), uma modalidade simplificada de formalização destinada a empreendedores que faturam até R$ 81.000 por ano.
O MEI tem um processo de abertura simples e desburocratizado, podendo ser feito diretamente pelo Portal do Empreendedor, sem a necessidade de recorrer a um contador. Essa modalidade de empresa possui uma carga tributária reduzida e um regime simplificado, no qual o empresário paga um valor fixo mensal que já inclui tributos como o INSS, ICMS e ISS.
O MEI não é obrigado a emitir balancetes, realizar escrituração contábil nem enviar declarações fiscais complexas, eliminando a necessidade de ter um contador, salvo em casos específicos, como quando houver a necessidade de contratar um funcionário.
Contabilidade Olímpia para abertura de empresas
Ao contratar uma contabilidade em Olímpia para abrir sua empresa, o contador auxiliará na escolha da natureza jurídica, no preenchimento e no envio da documentação necessária para obter o CNPJ, e também no registro da empresa na Junta Comercial do estado.
Além disso, o contador ajudará na definição do regime tributário mais adequado ao perfil da empresa, como o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, otimizando a carga tributária e evitando erros que resultam em multas ou outras complicações fiscais.
A contabilidade em Olímpia também fornece orientações sobre a obtenção de alvarás, licenças e registros necessários, conforme a atividade exercida.
Nossos contadores irão assessorar o empreendedor em todo o processo, desde a elaboração do contrato social até a emissão de documentos fiscais, além de certificar o cumprimento das obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias da empresa.
O que está esperando para entrar em contato conosco e solicitar orçamento?
- (11) 2892-0551
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Escrito por: Marli Olimpia
Marli é contadora formada em Ciências Contábeis e ajuda milhares de empreendedores, é especializada em tributação de empresas, gerando melhores resultados para empresas de vários setores.
Atualmente é a Diretora e Contadora responsável pela Contabilidade Olímpia, consultora em gestão, empreendedorismo e Contabilidade para Micro e Pequenas Empresas.