O intensivista é um profissional capacitado e treinado para cuidar da saúde das pessoas. Existe o médico que chamamos de clínico geral, que cuida das doenças em geral, e existem os médicos especialistas para cada tipo de doença. Hoje iremos falar sobre o médico intensivista.
Descreva um médico intensivista?
O famoso médico intensivista é um profissional treinado para cuidar especialmente de pessoas em estado grave, realizando, nas UTIs, a conexão do paciente com covid-19 grave ao aparelho de ventilação mecânica.
Essa especialidade é extremamente importante dentro da área da medicina. O trabalho de um profissional intensivista exige muita dedicação, concentração, paciência, equilíbrio mental e muita concentração para cuidar e salvar vidas.
Além do mais, para se tornar um médico intensivista, a pessoa precisa estudar muito e dedicar muitos anos de sua vida ao estudo da área, além da tradicional graduação. Hoje, essa profissão é uma das especialidades que é mais valorizadas no mercado, devido a pandemia do covid-19.
Uma série de pacientes foram acometidos por esse vírus desconhecido, muitos deles precisaram de terapia intensiva, internação e intubação.
A formação para se tornar um médico intensivista leva em torno de quatro anos, uma residência médica de dois anos em uma área básica e mais dois anos de terapia intensiva. Esse tempo é hábil para que o profissional obtenha habilidades para cuidar dos pacientes com problemas complexos na UTI.
O que é a medicina intensiva?
Essa área é recente na medicina. Seu surgimento se deu através da necessidade de cuidar de pacientes em estado grave ou gravíssimo e foi se aprimorando na medida em que a tecnologia foi avançando, com isso, passou a oferecer mais recursos de suporte à vida e falência grave dos órgãos.
Contudo, o principal objetivo da especialidade é melhorar o atendimento desses pacientes em estado crítico. Até porque, muitos acreditam que ao ser tratado por um profissional especializado, as chances de sobreviver e de reabilitação são maiores.
Desde o primeiro momento de quando a unidade de terapia intensiva se tornou parte da estrutura hospitalar, aumentou a procura por médicos intensivistas. Até porque, é indispensável que o manuseio dos pacientes seja pautado em diversas áreas da medicina.
Todo médico pode ser treinado para realizar a entubação e extubação. Contudo, outros especialistas, como os emergencistas e anestesiologistas, também podem fazer esses procedimentos, visto que são bem preparados para esse tipo de procedimento.
No período da pandemia, as unidades de saúde passaram por dificuldades trabalhando em capacidade de contingência e em vários momentos em capacidade de crise.
Um dos desafios dos intensivistas no período da pandemia, foi o fator emocional de cuidar de pacientes em estado grave e presenciar o quão grande era o sofrimento das famílias.
Como os médicos intensivistas eram preparados fisicamente?
Visto que, em situações de normalidade, uma média de 20% dos pacientes da UTI não sobreviviam. Por isso, o médico intensivista precisa estar preparado psicologicamente para lidar com as mortes e acolher as famílias.
Durante a pandemia foi desenvolvido um protocolo para auxiliar os médicos intensivistas a tomarem suas decisões de forma ética e técnica. Não é a idade que vai definir se o paciente vai ou não ter direito a um leito de UTI. Vai ser dada a preferência para aquele paciente que demonstra mais chance de sobreviver e sobreviver bem.
Como é o dia a dia de um profissional intensivista?
Assim como o próprio nome já diz, ela é intensa. O profissional que trabalha na área da medicina intensiva está sempre em contato direto com pacientes que necessitam de cuidados mais frequentes, com aspectos críticos que precisam de atenção a todo instante.
Além do tratamento dos pacientes, sua função é também lidar com a equipe multidisciplinar dentro da UTI. Ele atua como um elo entre enfermeiros, assistentes e familiares dos pacientes.
Geralmente, o dia do médico intensivista já inicia com uma visita a todos os pacientes. A situação de cada um deles é revisada, bem como o planejamento de tratamento.
Esses procedimentos são feitos sempre de forma individualizada, pois cada caso é um caso, assim como a evolução dos pacientes.
Contudo, os especialistas precisam se reunir com os assistentes e enfermeiros para discutir suas percepções. Dessa forma, aqueles profissionais que passam mais tempo nos cuidados básicos dos pacientes saberão qual direcionamento seguir e ao final de cada dia passarão um feedback completo.
Os procedimentos de intubação, ultrassonografia no leito, punções, cateterização, traqueostomia, inserção de drenos, e muitos outros procedimentos também são feitos pelo médico intensivista. São no máximo dez leitos que o médico intensivista pode ser responsável. Com essa quantidade ele consegue se dedicar igualmente a todos e fazer um atendimento de qualidade.
É Importante lembrar que umas das funções mais difíceis na vida de um médico intensivista é o cuidado de fim de vida e a manutenção de potencial doador cadáver. Após muito trabalho e dedicação para salvar a vida do paciente, a perda pode ser um baque.
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O trabalho do médico intensivista durante a pandemia
No decorrer da pandemia, o médico intensivista é considerado essencial dentro de uma unidade de terapia intensiva(UTI). Cresceu bastante a demanda pelo profissional, devido ao aumento de pacientes acometidos com a covid-19.
O paciente com covid-19 tem uma recuperação longa, em alguns casos os pacientes ficam meses internados ou entubados, em situações graves ou quase irresistíveis.
Assim, o médico é responsável por tomar decisões rápidas pertinentes a cada caso, realizar tratamentos mais agressivos e manter constante comunicação com os familiares, que não podem fazer visitas ao paciente durante o tempo de internação.
Qual o caminho para se especializar em Medicina Intensivista
Um dos caminhos para se tornar um médico intensivista, é fazer uma residência médica credenciada pelo MEC. Também é possível ingressar em um programa de especialização em medicina intensiva, que é realizado em centros de formadores credenciados pela AMIB, espalhados por todas as regiões do Brasil.
Ao terminar sua formação escolhida, o médico deve fazer o registro junto ao Conselho Regional de Medicina. No entanto, no caso do programa credenciado pela AMIB, ainda é realizado uma prova de título, que dará o direito para o registro