A Tabela do Simples Nacional é necessária para quem deseja abrir uma empresa, pois define as alíquotas de tributação e o enquadramento correto do negócio.
Com ela, é possível saber em qual anexo tributário a atividade se encaixa e quais são os impostos a serem pagos. Deste modo, evitar erros fiscais, que podem gerar custos extras ou até penalizações.
Além disso, a tabela influencia diretamente a competitividade da empresa, pois escolher um regime tributário inadequado compromete a rentabilidade. Ter a tabela completa ajuda a planejar melhor os custos, assegurando que o empreendedor não pague impostos desnecessários.
No momento de abrir um CNPJ, entender as regras do Simples Nacional permite uma decisão estratégica, levando em conta as particularidades de cada setor.
Continue com a Contabilidade Olímpia e saiba mais sobre a tabela do Simples Nacional completa.
O que é o Simples Nacional e quais empresas podem aderir?
O Simples Nacional é um regime tributário criado para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), com o objetivo de simplificar o pagamento de impostos.
Ele unifica diversos tributos em uma única guia, chamada DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), facilitando a gestão financeira dos negócios.
Para aderir ao Simples Nacional, a empresa deve ter um faturamento anual de até R$ 4,8 milhões e atuar em atividades permitidas pelo regime. Algumas categorias, como instituições financeiras, empresas de factoring e cooperativas, não podem optar pelo Simples Nacional. Além disso, empresas com sócios que tenham participação em outros negócios que ultrapassem o limite de faturamento também podem ser impedidas de aderir.
Qual é a alíquota do Simples Nacional 2025?
O Simples Nacional possui 5 anexos com alíquotas variadas, definidas conforme o CNAE da empresa, facilitando a tributação de negócios.
Anexo I - Comércio
Destinado a empresas de comércio, como lojas varejistas e atacadistas. As alíquotas variam de 4% a 19% dependendo do faturamento. Esse anexo é vantajoso para negócios que compram e revendem produtos sem grandes custos com folha de pagamento.
Receita Bruta Total em 12 meses | Alíquota | Quanto descontar do valor recolhido |
Até R$ 180.000,00 | 4% | 0 |
De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 | 7,3% | R$ 5.940,00 |
De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 | 9,5% | R$ 13.860,00 |
De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 | 10,7% | R$ 22.500,00 |
De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 | 14,3% | R$ 87.300,00 |
De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 | 19% | R$ 378.000,00 |
Anexo II - Indústria
Aplicável para empresas do setor industrial e fábricas. As alíquotas vão de 4,5% a 30%. Esse anexo é voltado para quem transforma matéria-prima em produtos acabados, incluindo indústrias de pequeno porte.
Receita Bruta Total em 12 meses | Alíquota | Quanto descontar do valor recolhido |
Até R$ 180.000,00 | 4,5% | 0 |
De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 | 7,8% | R$ 5.940,00 |
De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 | 10% | R$ 13.860,00 |
De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 | 11,2% | R$ 22.500,00 |
De R$ 1.800.000,01 a R$ R$ 3.600.000,00 | 14,7% | R$ 85.500,00 |
De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 | 30% | R$ 720.000,00 |
Anexo III - Serviços (Fator R)
Abrange empresas prestadoras de serviços, como academias, clínicas médicas, escritórios de contabilidade e laboratórios. As alíquotas vão de 6% a 33%. Se a folha de pagamento representar mais de 28% do faturamento (Fator R), a empresa se mantém nesse anexo, com tributação mais favorável.
Receita Bruta Total em 12 meses | Alíquota | Quanto descontar do valor recolhido |
Até R$ 180.000,00 | 6% | 0 |
De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 | 11,2% | R$ 9.360,00 |
De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 | 13,5% | R$ 17.640,00 |
De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 | 16% | R$ 35.640,00 |
De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 | 21% | R$ 125.640,00 |
De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 | 33% | R$ 648.000,00 |
Fator R
É um critério que define se uma empresa de serviços será tributada pelo Anexo III ou Anexo V.
Se a relação entre folha de pagamento e faturamento for maior que 28%, a empresa pode ser tributada pelo Anexo III, com alíquotas menores. Caso contrário, permanece no Anexo V, com tributação mais alta.
Anexo IV - Serviços específicos
nclui serviços como vigilância, limpeza, construção de imóveis e advocacia. Diferente dos outros anexos, empresas enquadradas nesse grupo não pagam o INSS na guia do Simples Nacional, sendo recolhido separadamente. As alíquotas variam de 4,5% a 33%.
Receita Bruta Total em 12 meses | Alíquota | Quanto descontar do valor recolhido |
Até R$ 180.000,00 | 4,5% | 0 |
De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 | 9% | R$ 8.100,00 |
De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 | 10,2% | R$ 12.420,00 |
De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 | 14% | R$ 39.780,00 |
De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 | 22% | R$ 183.780,00 |
De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 | 33% | R$ 828.000,00 |
Anexo V - Serviços com alta tributação
Engloba serviços como publicidade, tecnologia, engenharia, consultoria e auditoria. As alíquotas vão de 15,5% a 30,5%. Empresas desse anexo podem migrar para o Anexo III se atenderem ao Fator R (folha de pagamento acima de 28% da receita), reduzindo a carga tributária.
Receita Bruta Total em 12 meses | Alíquota | Quanto descontar do valor recolhido |
Até R$ 180.000,00 | 15,5% | 0 |
De 180.000,01 a 360.000,00 | 18% | R$ 4.500,00 |
De 360.000,01 a 720.000,00 | 19,5% | R$ 9.900,00 |
De 720.000,01 a 1.800.000,00 | 20,5% | R$ 17.100,00 |
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 | 23% | R$ 62.100,00 |
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 | 30,50% | R$ 540.000,00 |
Quais são as principais vantagens de optar pelo Simples Nacional?
O Simples Nacional oferece diversas vantagens para pequenas empresas, tornando a tributação mais acessível e simplificada. Confira:
- Unificação de impostos: Todos os tributos são pagos em uma única guia, reduzindo a burocracia.
- Alíquotas reduzidas: Os impostos são calculados com base no faturamento da empresa, podendo ser menores do que em outros regimes.
- Facilidade de contabilidade: Como há menos obrigações acessórias, a contabilidade da empresa se torna mais simples e econômica.
- Menos encargos trabalhistas: Empresas do Simples Nacional não precisam pagar a contribuição patronal do INSS sobre a folha de pagamento.
- Menor carga tributária para prestadores de serviço: Dependendo do enquadramento no fator R, algumas empresas pagam menos impostos.
Quais são os anexos do Simples Nacional e como funcionam?
O Simples Nacional divide suas atividades econômicas em cinco anexos, cada um com faixas de faturamento e alíquotas específicas.
Entenda:
- Anexo I: Comércio (lojas de varejo e atacado).
- Anexo II: Indústria (fábricas e produção de bens).
- Anexo III: Prestação de serviços com menor carga tributária (como academias e empresas de tecnologia).
- Anexo IV: Prestação de serviços com tributação diferenciada (como construção civil e serviços de limpeza).
- Anexo V: Prestação de serviços que podem ser impactados pelo fator R (consultorias, auditorias e engenharia).
A alíquota inicial para cada anexo varia entre 4% e 15,5%, mudando conforme o faturamento da empresa.
Como saber em qual anexo minha empresa se encaixa?
Para saber em qual anexo sua empresa deve se enquadrar, é necessário verificar o CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica) da atividade exercida. Cada código está vinculado a um anexo específico do Simples Nacional.
Além disso, para atividades de prestação de serviços, o fator R pode influenciar a tributação. Se a empresa destinar mais de 28% da receita bruta ao pagamento de salários e encargos trabalhistas, ela pode ser tributada no Anexo III, com alíquota reduzida. Caso contrário, será tributada pelo Anexo V, com impostos mais altos.
Quais impostos estão incluídos no Simples Nacional?
O Simples Nacional unifica oito tributos em um único pagamento. Os impostos incluídos são:
- IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
- CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
- PIS/Pasep – Programa de Integração Social
- COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
- IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados (aplicável para indústria e comércio)
- ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (para comércio e indústria)
- ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (para prestadores de serviços)
- CPP – Contribuição Patronal Previdenciária (apenas para empresas do Anexo IV)
Como funciona a tributação pelo fator R e quando ele se aplica?
O fator R é um mecanismo do Simples Nacional que define se algumas empresas prestadoras de serviços serão tributadas pelo Anexo III (com alíquotas menores) ou pelo Anexo V (com alíquotas mais altas).
Ele se aplica a atividades que envolvem consultoria, tecnologia, engenharia, publicidade, medicina, entre outras, e que podem estar em ambos os anexos.
O cálculo do fator R é feito da seguinte forma:
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Se o resultado for igual ou superior a 28%, a empresa será tributada pelo Anexo III, que tem alíquotas a partir de 6%. Caso contrário, ela será enquadrada no Anexo V, onde a tributação começa em 15,5%.
Ou seja: empresas que investem mais em mão de obra e folha de pagamento pagam menos impostos no Simples Nacional.
Qual o faturamento máximo permitido para aderir ao Simples Nacional?
Para aderir ao Simples Nacional, a empresa deve ter um faturamento dentro dos limites estabelecidos pela legislação.
Os limites são:
- Microempresa (ME): faturamento anual de até R$ 360.000,00.
- Empresa de Pequeno Porte (EPP): faturamento entre R$ 360.000,01 e R$ 4.800.000,00.
Se a empresa ultrapassar esse limite durante o ano-calendário, pode ser excluída do Simples Nacional.
Além disso, empresas que possuem sócios com participação em outros negócios precisam somar os faturamentos das empresas, e se o total exceder o limite de R$ 4,8 milhões, o negócio pode ser desenquadrado do Simples Nacional.
Empresas do Simples Nacional precisam emitir Nota Fiscal?
Sim, empresas optantes pelo Simples Nacional devem emitir Nota Fiscal sempre que realizarem vendas ou prestarem serviços, conforme a legislação do município ou estado onde atuam.
As regras para emissão variam de acordo com o tipo de atividade:
- Comércio e indústria: emitem Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para venda de produtos.
- Prestadores de serviços: emitem Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) conforme exigido pelo município.
Existem algumas exceções, como o MEI (Microempreendedor Individual), que pode ser dispensado da emissão da nota para clientes pessoas físicas.
Quais atividades não podem aderir ao Simples Nacional?
Nem todas as empresas podem aderir ao Simples Nacional. Algumas atividades são vedadas por lei, entre elas estão:
- Instituições financeiras e bancos.
- Empresas de factoring (compra de direitos creditórios).
- Cooperativas, exceto as de consumo.
- Empresas que atuam no setor de importação e exportação de combustíveis.
- Empresas com sócios que possuem outra empresa cujo faturamento ultrapasse o limite permitido.
Além disso, algumas atividades profissionais regulamentadas, como advocacia e engenharia, têm restrições dependendo da forma de organização empresarial.
Como calcular o imposto mensal no Simples Nacional?
O cálculo do imposto mensal no Simples Nacional é feito com base no faturamento bruto acumulado dos últimos 12 meses e na alíquota correspondente ao anexo da empresa.
A fórmula utilizada é:

Cada anexo possui uma tabela com faixas de faturamento e alíquotas progressivas.
Por exemplo, uma empresa de comércio no Anexo I que faturou R$ 30.000,00 no mês e está na faixa de 4% de alíquota, pagará R$ 1.200,00 de imposto.
Esse valor é recolhido através do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), gerado pelo Portal do Simples Nacional.
O que acontece se a empresa ultrapassar o limite de faturamento do Simples Nacional?
Se a empresa ultrapassar o limite de faturamento do Simples Nacional, haverá sua exclusão desse regime tributário, dependendo do valor excedente. O teto de faturamento é de R$ 4,8 milhões por ano para Empresas de Pequeno Porte (EPP) e R$ 360 mil para Microempresas (ME).
As regras são:
- Excesso de até 20%: Se a empresa ultrapassar o limite em até R$ 5,76 milhões no ano corrente, poderá permanecer no Simples Nacional até o final do ano, mas começará o ano seguinte no Lucro Presumido ou Lucro Real.
- Excesso acima de 20%: Se o faturamento superar R$ 5,76 milhões, a exclusão será imediata, retroativa ao mês seguinte ao da ultrapassagem.
Como fazer a migração de outro regime tributário para o Simples Nacional?
Empresas que desejam migrar para o Simples Nacional podem solicitar a opção no início do ano. O prazo de adesão vai até 31 de janeiro e a solicitação deve ser feita pelo Portal do Simples Nacional. Os passos para migração são:
- Verificar se a empresa atende aos requisitos (faturamento, atividades permitidas e ausência de débitos tributários).
- Acessar o Portal do Simples Nacional e solicitar a adesão.
- Regularizar pendências fiscais, se houver.
- Aguardar a aprovação da Receita Federal.
Empresas novas podem optar pelo Simples Nacional até 30 dias após a emissão do CNPJ, desde que a solicitação seja feita no mesmo ano-calendário.
Quais são as obrigações acessórias no Simples Nacional?
Embora o Simples Nacional tenha um regime simplificado, ele exige que as empresas cumpram algumas obrigações acessórias, como:
- Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI) – para MEIs.
- PGDAS-D – relatório mensal para cálculo do imposto devido.
- DEFIS – Declaração anual com informações financeiras da empresa.
- Emissão de nota fiscal – para todas as vendas ou serviços.
- Envio do eSocial – caso tenha funcionários.
Como funciona a exclusão do Simples Nacional e quais são os motivos mais comuns?
A exclusão do Simples Nacional é realizada por opção da empresa ou por exigência da Receita Federal. Os motivos mais comuns para exclusão são:
- Ultrapassar o limite de faturamento (R$ 4,8 milhões).
- Exercer atividade não permitida no regime.
- Ter débitos tributários não regularizados.
- Ser constituída por sócio que possui participação em outra empresa que ultrapassa o faturamento permitido.
A Receita Federal pode excluir automaticamente empresas que descumprem as regras e notificá-las no portal do Simples Nacional.
Onde consultar a Tabela do Simples Nacional atualizada?
A Tabela do Simples Nacional pode ser consultada no próprio Portal do Simples Nacional.
Ela contém todas as faixas de faturamento, alíquotas e anexos do regime. A tabela serve para calcular corretamente os impostos e assegurar que a empresa esteja enquadrada no anexo correto.
Contabilidade Olímpia para gestão de empresas no Simples Nacional
A Contabilidade Olímpia oferece assessoria completa para empresas que desejam aderir ao Simples Nacional. Com uma equipe especializada, ajudamos empreendedores a:
- Escolher o melhor enquadramento tributário.
- Cuidar do pagamento correto dos impostos.
- Emitir declarações obrigatórias.
- Planejar o crescimento da empresa dentro do Simples Nacional.